Você sabia que existem 117 milhões de mulheres imigrantes pelo mundo? Segundo dados da Organização das Nações Unidas (ONU) elas já são a maioria entre os imigrantes de todas as regiões, com exceção da Ásia e da África. Como são as fronteiras deste mundo e como as pessoas migram?

Este episódio de hoje contou com a mediação da Mayara Floss, da nossa equipe fixa, e com a participação da Mariana, mestranda em políticas públicas em direitos humanos que trabalhou com mulheres venezuelanas no Brasil, especificamente as mulheres criolas da ocupação Ka Ubanoko que fica em Boa Vista em Roraima; da Suzana, psicóloga, doutoranda em Psicologia na UFMG e investigadora visitante em Lisboa que pesquisa políticas de intervenção no âmbito do refúgio e das migrações forçadas; e com a Ale Mujica colombiane formade em Medicina, doutore em Saúde Coletiva, (trans)feminista, transimigrante-sudaka, luta pelo útero-livre e gordactivista.

Referências/Indicações:

Grupo:
Primeiro, MILBI rede de mulheres imigrantes lésbicas e bissexuais – SP https://www.facebook.com/Redemilbi/ é um coletivo de mulheres auto-organizado que faz muita coisa interessante, vale a pena seguir.

Leituras
O ponto zero da revolução da Silvia Federici, indicação da Mariana que escreveu “Acho super interessante pensar a condição das mulheres no capitalismo e as práticas e lutas feministas como um fio para pensar a migração feminina em nosso tempo”.
Outros textos pensando em migração e cuidado, a professora da Universidade de Córdoba Maria José Magliano tem vários textos ótimos sobre o assunto, mas infelizmente não tem nenhum traduzido para o português.
Para uma análise mais teórica sobre a precariedade da vida, reconhecimento, formas de poder em exercício e políticas humanitárias sugiro os livros “Quadros de Guerra”, da Judith Butler, o “Necropolítica” do Achille Mbembe e o “Humanitarian reason” do Didier Fassin. Indico também os textos da professora Chiara Pussetti, da Universidade de Lisboa, que problematizam as políticas de assistência voltadas a migrantes numa perspectiva antropológica.

Arte:
Yaya Firpo e seu trabalho “Fronteras”: https://www.lavoz.com.ar/numero-cero/yaya-firpo-me-considero-un-artesano-del-arte-politico

Redes
Páginas no Facebook que trazem notícias diretas sobre a situação de zonas de conflito, a condição de vida das pessoas imigrantes e ações realizadas em campo. Sugiro as páginas: “The Syria Campaing” (/TheSyriaCampaign), Plataforma de Solidariedade com os Povos do Curdistão (/SolidariedadeCurdistao). No Instagram tem o @everydayrefugees. Algumas organizações que realizam trabalho de campo também são boas fontes de informação, como a Médicos sem Fronteiras, Cruz Vermelha, Serviço Jesuíta para Refugiados, Mercy Corps, entre outras, bem como as agências da ONU como ACNUR, OIM e OCHA.


Edição: Mayara Floss
Vinhetas: Rubens Cavalcanti

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